(...) Rodai o zodíaco, fazei girar a rosa-dos-ventos, sacudi a ampulheta, gastai calendários, despojai primaveras e enfeitai outonos, matai luas e ressuscitai luas, trazei pessoas, levai fantasmas, descei e subi rios, atravessai a terra em longo e largo, levantai cidades e castelos de cartas, misturai as flores dos caleidoscópios, fechai os olhos, abri e fechai janelas, portas, palavras... Jogai para longe os vossos sapatos com a poeira de tanto andar, e os vossos lenços com lágrimas de tanto adeus.
[Cecília Meireles]
O tempo, senhor da razão! E que eu possa te ver logo mais. Sem amarras, sem medos, sem descasos... E que seja doce e venhas pra ficar...
Áurea Oliveira
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